Enfim...
Em relação à tudo o desejo está presente
Mas o que é desejo?
Para Sócrates:
"O desejo é sempre vontade de termos algo que não temos, ou que se tem, mas que se teme perder no futuro."
A partir deste momento podemos constatar que o desejo emerge da falta. Como explicou Platão, o objeto de desejo é aquilo que falta.
Mas nem tudo que falta, nos faz falta.
O ser humano médio pode não ter um jato particular para viajar pelo mundo, ou seja, lhe falta um avião para rodar mundo a fora. Contudo, mesmo não tendo o avião, ele não nos faz falta. Leva-se a vida sem ele e está tudo bem.
Assim, dando seguimento à nossa linha de raciocÃnio. Entendido que o desejo é gerado por aquilo que nos falta e que faz falta em nossas vidas. Nós precisamos analisar o local em que surgem as concepções do que nos faz falta: A mente.
A mente é responsável por nos apontar a todo instante aquilo que nos falta e que consequentemente desejamos.
- Você sente sede e deseja água? Sua mente é a responsável por isso.
- Sente fome e deseja comida ? Sua mente é a responsável por isso.
Parece óbvio, mas é tão óbvio que simplesmente ignoramos este fato. Quanto à sede e fome é fácil de compreendermos, Mas se eu fizesse o seguinte questionamento:
- Você deseja um celular novo? Sua mente é a responsável por isso.
- Por que você deseja esse celular novo? Eu até tenho um aparelho hoje que funciona, mas sinto falta de um aparelho novo e moderno.
Daà em diante a história começa a entortar, quando vamos nos aprofundando na análise verificamos uma situação muito curiosa: Nossos desejos e senso daquilo que nos faz falta são gerados em nossa mente, mas nossa mente por sua vez são influenciadas por aquilo que é nos é apresentado como necessário.
Somos cobaias de anúncios de marketing que nos geram esse senso de necessidade, que na verdade, não veio do âmago do nosso ser.
Com isso devemos sempre nos questionar. Os desejos que sentimos, são nossos ou emprestados de alguma propaganda?
0 Comentários